Estar no Mundo e não ser do Mundo - Texto de Ana Paula Lunardelli D'Avila
Amigos,
Aproveito este espaço para refletir sobre um bonito testemunho de um paciente meu.
Ele é egípcio e tem 81 anos. A mais ou menos 40 anos, ele morava no Egito com a sua mulher e uma filha de 4 anos. Tinha um bom emprego e uma estilo de vida confortável, sem muitos luxos. Só que como era cristão, (o Egito é um país muçulmano) sua filha não podia estudar em qualquer escola e ele próprio tinha algumas restrições no emprego. Então, Deus fez com que ele saísse daquele país e viesse para o Brasil sem saber falar nada de português. O Mais incrível é que depois de 20 dias aqui, ele conseguiu um emprego na Air France e acabou trabalhando lá por 30 anos. Ele veio sozinho, deixou toda a família, amigos, emprego, casa... e veio para um lugar sem ter certeza de nada. Só a confiança que Deus iria cuidar de tudo. Achei legal, não pelo fato dele ter deixado tudo, (porque por outros motivos os nossos antepassados também fizeram) mas, principalmente, por ele seguir Jesus incondicionalmente.
No mesmo dia que ele me contou esta história, fui ao estudo bíblico à noite e foi feita uma pergunta pra todos meditarem durante a semana: O que é estar no mundo mas não ser do mundo?
Fiquei pensando muito nisso tudo. Sabe, pra nós parece tão fácil SER CRISTÃO. Mas acho que temos uma coisa que pode ser pior que uma perseguição declarada, a "passividade". Isto é, sermos cristãos só de missa, de grupo de oração, de estudo bíblico, e no dia a dia vivermos como qualquer um do mundo, sem a menor diferença.
O discípulo tem que se parecer cada vez mais com o Mestre.
Se não há mudanças reais em nós, se não parecermos nada com Jesus, então não somos discípulos dele.... eu acho. Quando eu olho pra mim e não encontro um fruto do Espírito (amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, domínio próprio, temperança, etc) é sinal que o meu cristianismo tem sido apenas ritual. E o pior disso é não ter esses frutos e nem ligar... Se temos o Espírito Santo em nós mas nunca pedimos orientação a ele e agimos segundo nossos próprios impulsos, então como poderemos ser transformados?
A paz,
Ana Paula Lunardelli D'Avila
Vocalista do Min. Sagrado Coração (Domingos 11hs)