Nossa maior confiança no amor de Cristo é devido a sua grande prova de entrega por nós na Cruz.

Apesar disso, um dia me bateu um medo bobo, de pensar em até quando Jesus iria me amar.

De fato Ele morreu por mim a dois mil anos atrás, e hoje, sou a maior pecadora que pode existir.

Será que se fosse hoje, se Jesus tendo visto esses pecados que tenho cometido, e re-cometido, será que Ele ainda morreria por mim? Será que já não está cansado de me perdoar, de me amar sem que eu faça nada de bom? Será que há tanto tempo na caminhada, já não me encontro como o cão que volta ao seu próprio vomito, ou a porca que depois de lavada volta a revolver-se na lama ( Cf. 2 Pd 2, 22)?

Jesus, na sua imensa misericórdia me mostrou que não! Em oração, e angustiada, eu perguntava a Ele sobre isso, e veio no meu coração a resposta: “Eu só vou deixar de te amar quando Eu descer da Cruz.” Confortou-me a frase, mas imaginei o que isto queria dizer; afinal, Jesus morreu e FOI retirado da Cruz por José de Arimatéia! Mas meu Deus não me deixou na dúvida e no mesmo instante me fez lembrar do parágrafo 1085 do Catecismo, que diz:

“.. o único evento da história que não passa: Jesus morre, é sepultado, ressuscita dentre os mortos e está sentado à direita do Pai “uma vez por todas”. [...] outros eventos da história aconteceram uma vez e depois passam, engolidos pelo passado.”

Percebi então o quanto eram pequenos meus pensamentos em relação ao amor de Cristo! Ele morreu de uma vez por todas ( Rm 6,10; Hb 7,27; 9,12), e de braços abertos, abraçando assim todos os tempos e mantendo presente o seu sacrifício.

Em cada missa, mesmo nas que não estou presente, em todos os lugares do mundo, durante a consagração é Jesus ali, suspenso na Cruz dizendo “ Filho, filha, eu te amo!” . Não é maravilhoso isso???

E mais!

Ele não quis que só sua morte fosse um acontecimento eterno, mas também sua Ressurreição, mostrando ao meu coração que, até hoje, Ele vence a morte, vencendo os MEUS pecados.