Ação do Espírito Santo e Testemunho dos Santos na Vida da Igreja
A festa de Pentecostes marca um momento decisivo na história da salvação: a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos com Maria no Cenáculo. Como línguas de fogo, o Espírito repousou sobre cada um deles, enchendo-os de coragem, sabedoria e zelo missionário. Ali nascia a Igreja, impulsionada por esse Dom celeste a anunciar com ousadia o Evangelho a todas as nações.
Está semana retomamos ao tempo comum onde trataremos sobre os feitos de Jesus, suas parábolas nos fará mergulhar no amor que impulsionou os Apóstolos e os santos até hoje. Celebramos hoje a primeira segunda-feira após Pentecoste com alegria e fé a memória de Maria, Mãe da Igreja. Um título belíssimo que nos lembra que, assim como Maria foi Mãe de Cristo, ela também é Mãe da Igreja, o Corpo Místico do Senhor. Essa celebração nos leva a olhar para Maria não apenas com devoção, mas com o profundo reconhecimento de que ela continua exercendo um papel vital no mistério da salvação.
Entre os inúmeros santos que, ao longo dos séculos, se deixaram guiar pelo Espírito Santo, encontramos figuras luminosas como Santo Efrém, diácono e doutor da Igreja, conhecido como a “harpa do Espírito Santo”. Em seus escritos e hinos, ele elevou a beleza da fé com profunda devoção à Palavra e à Virgem Maria. Seu exemplo nos convida a unir inteligência e amor ao serviço de Deus.
Outro grande exemplo de discípulo do Senhor é São Barnabé, companheiro de São Paulo nas primeiras missões da Igreja. Homem cheio do Espírito e de fé, Barnabé foi chamado "filho da consolação". Sua generosidade, coragem e capacidade de reconciliar mostram o rosto de uma Igreja viva e fraterna.
Em tempos posteriores, a luz do Espírito brilhou também por meio de Santo Antônio de Lisboa (ou de Pádua), insigne pregador franciscano. Dotado de sabedoria incomum e grande amor pela Sagrada Escritura, ele pregava com tanta profundidade e unção que converteu multidões. Seu amor à Eucaristia e sua atenção aos pobres fazem dele um verdadeiro reflexo do Cristo vivo.
Tudo isso se enraíza no grande mistério da Santíssima Trindade, comunhão perfeita de amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Os santos são testemunhas desse mistério: vidas transformadas pela graça trinitária, sinais da presença de Deus no mundo. A Trindade é o coração da nossa fé, fonte e meta de toda a vida cristã.
Que o mesmo Espírito que desceu sobre os Apóstolos continue a guiar a Igreja, e que, seguindo o exemplo de Santo Efrém, São Barnabé e Santo Antônio, possamos viver com fidelidade e alegria nossa vocação de filhos do Deus Uno e Trino.
Celebramos no domingo passado a Ascensão do Senhor como o momento glorioso em que Jesus, após cumprir sua missão na Terra, sobe ao Céu à vista dos apóstolos (Atos 1,1-11). Ele não abandona seus discípulos, mas os prepara para uma nova etapa da missão. A Ascensão marca o início do tempo da Igreja: agora é a comunidade dos fiéis que deve continuar o anúncio do Evangelho.
Após a Ascensão, os apóstolos permanecem em Jerusalém, unidos em oração, aguardando o cumprimento da promessa de Jesus: o envio do Espírito Santo (Atos 1,12-14). É um tempo de esperança, silêncio e vigilância, onde os discípulos se preparam espiritualmente para a vinda do Paráclito, ainda com incertezas e emoções humanas, mas confiantes na palavra do Mestre.
Não podemos esquecer Maria, a Mãe de Jesus, está presente com os apóstolos nesse tempo de espera. Embora o texto bíblico não entre em detalhes sobre seus sentimentos, a tradição da Igreja a vê como modelo de fé e confiança, mesmo na ausência física de seu Filho. Ela representa a Igreja que aguarda o Espírito Santo em oração e silêncio, com o coração firme e maternal.
O ponto culminante da expectativa dos discípulos é a solenidade de Pentecostes, celebrada no próximo domingo. O Espírito Santo, o Paráclito prometido por Jesus, vem sobre os apóstolos como vento impetuoso e línguas de fogo ( Atos 2,1-11). Ele transforma os discípulos medrosos em missionários corajosos, dando início à evangelização do mundo. O Espírito é o Consolador, Guia e Força da Igreja. Sejamos estes discípulos, abracemos este tempo em que o saudoso Papa Francisco nos proporcionou e vamos anunciar a Boa Nova que é Jesus.
A VI Semana da Páscoa marca a reta final do Tempo Pascal, um período de profunda alegria e preparação para a vinda do Espírito Santo. A liturgia desta semana nos conduz ao mistério de Pentecostes, enfatizando a promessa de Jesus: "Não vos deixarei órfãos; eu vos enviarei o Espírito Santo" (cf. Jo 14,18-26).
Os Evangelhos, tirados principalmente de São João, destacam o discurso de despedida de Jesus, onde Ele promete o Paráclito. O Espírito Santo será o Consolador, Aquele que ensinará e recordará tudo o que Jesus disse. É uma semana marcada pela esperança e pela expectativa do Dom do Alto.
Continuamos acompanhando a expansão da Igreja nascente. Vemos Paulo e outros discípulos levando o Evangelho às nações, sempre impulsionados pelo Espírito.
Destacamos o Mês Mariano, tradicionalmente dedicado à Virgem Maria, no qual termina nesta semana. É o momento de coroar Nossa Senhora como Rainha do Céu e da Terra, reconhecendo seu papel maternal na história da salvação.
A presença de Maria é também profundamente pentecostal: ela estava com os apóstolos no Cenáculo, orando e esperando a vinda do Espírito (cf. At 1,14). Assim, ao encerrar o Mês Mariano, somos convidados a imitá-la em sua fé e disposição interior para acolher o Espírito.
Estamos nos aproximando da grande solenidade de Pentecostes, que encerra o Tempo Pascal. A liturgia já nos convida a preparar o coração para essa celebração:
Intensificamos as orações, especialmente pedindo os dons do Espírito Santo. Refletimos sobre como o Espírito age na Igreja e em nossas vidas. Assim como Maria e os Apóstolos, somos chamados a sair do "Cenáculo" e anunciar o Evangelho com coragem.
Nesta última semana da Páscoa, com o olhar em Maria e o coração voltado ao Espírito, a Igreja vive a expectativa da plenitude da vida nova inaugurada pela Ressurreição. Maria, Mãe da Igreja e Esposa do Espírito Santo, nos guia rumo ao Pentecostes, preparando-nos com sua intercessão materna e silenciosa.